Wednesday, July 11, 2007

Portugal, país de enganos e do faz de conta...

A boa noticia é que estamos quase a bater no fundo e, se Deus quiser, daí não passamos e vai ser sempre a subir. A má noticia é que estamos quase a bater no fundo.

Portugal caminha á deriva, governado por um governo que é mau, persecutório e surrealista, um governo que considera a interrupção voluntária da gravidez, o aeroporto da Ota e o TGV como as grandes prioridades de acção ao mesmo tempo que, vá se lá saber porquê dado que até são socialistas, privatizam a saúde, aumentam a idade de reforma e os salários vão ficando cada vez mais distantes da média europeia.

A campanha eleitoral de Lisboa é o exemplo acabado de quão fundo estamos a bater. A autarquia lisboeta, supostamente a mais rica e desenvolvida do país, atravessa uma crise gravissima que engloba um passivo monstruoso, escândalos de corrupção, instabilidade política, inércia, despesismo, enfim, um sem fim de exemplos de como não se deve governar nenhuma casa, muito menos uma autarquia. A classe política como responde? Para além da troca de mimos entre si, de uma divisão nunca vista que coloca PS contra PS, PSD contra PSD, PSD contra PS e PS contra PSD, seja em candidaturas partidárias ou independentes, de uma coisa já podemos ter a certeza...em Lisboa ninguém se entende nem quer entender, e quem paga a factura são as cidadãs e cidadãos de Lisboa, em particular, que vão ter uma Câmara de loucos a governar o seu dia-a-dia, e Portugal, em geral, que vai ter que suportar a riqueza suficiente para pagar a divída, a que já existe, e as megalomanias de quem ganhar.

Num país em que o governo persegue os seus cidadãos, seja despedindo aqueles que pode, ou agindo judicialmente sobre aqueles que não pode despedir; em que o Ministro da Saúde considera prioritário o encerramento de Urgências e Maternidades, para depois atribuir licenças a privados para providenciarem esses mesmos serviços (nesses mesmos sítios em que não se justificava haver Urgências ou Maternidades), e em que ainda se entretem a fazer piadas, e de mau gosto, sobre os pobres e os medicamentos fora de prazo; em que o Ministro das Obras Públicas considera que é importante afirmar que é mesmo Engenheiro, não vá alguém confundi-lo com o Sr. Primeiro-Ministro (esse super-homem capaz de fazer 4 exames no mesmo dia e ao Domingo!), e que para além de se afirmar Engenheiro mostra também desconhecer a geografia do país e até pensa que a sul do Tejo há um deserto; em que o Ministro da Economia considera que o melhor que Portugal tem para se promover lá fora e, assim, atrair investimento estrangeiro é dizer alto e bom som que cá ganha-se mal (é preciso ter lata!) para além de que crê que as regiões do país do que precisam não é de infra-estruturas e investimento no desenvolvimento, mas antes, de operações de marqueting e “inglesar” os nomes dessas regiões (vide o que se passa no nosso “All”garve!); num país que está neste estado já só falta mesmo é um Jorge Sampaio que dissolva uma maioria absoluta estável e convoque eleições antecipadas já (qual “golpe de estado” constitucional).

Portugal, mais do que nunca, precisa de nós, de todos nós, precisa que nos envolvamos na sua vida, em vez de nos preocuparmos só com a nossa vida, precisa que tomemos conta dos partidos políticos, da Assembleia da República, do governo, das autarquias, e que acabemos de uma vez por toda com esta mediocridade em que vivemos todos porque nos decidimos, há algum tempo atrás, conformar com o nosso fado de país pequeno, de olhos postos no passado e com saudades de tudo menos do futuro.

O destino está nas nossas mãos, e ou tomamos a iniciativa e exigimos mais a quem nos governa, a quem lidera este país, ou então continuaremos a viver num país de enganos, num país do faz-de-conta, em que mais vale ser varredor de rua lá fora do que Engenheiro ou Doutor cá dentro.

Portugal dos pequeninos?

Durante estes últimos seis meses de 2007 Portugal terá a Presidência da União Europeia. Será um momento de grande responsabilidade para o nosso país, mas sobretudo será uma grande oportunidade para nos afirmarmos de vez no plano Europeu e mundial.

A agenda portuguesa encerra desafios cruciais para a União a 27 quer na sua agenda interna, o novo tratado constitucional, quer na sua agenda externa, a relação da U.E. com o Brasil e com Africa, porém nunca Portugal teve no seu passado recente tamanha oportunidade de ser um actor preponderante neste mundo ao qual tivemos a ousadia de oferecer novos “mundos” durante séculos da nossa história.

Por um lado o tratado constitucional, já alinhavado durante a Presidência Alemã e a concluir durante a nossa Presidência, dá-nos garantias de podermos levar a bom porto durante estes nossos seis meses o maior tormento da U.E. do século XXI. Saibamos nos inspirar em Bartolomeu Dias e transformar este “tratado das tormentas” no novo “tratado da boa esperança” para a União Europeia!

Por outro lado, as cimeiras com o Brasil e com Africa podem abrir o caminho para uma nova postura da União Europeia no mundo, uma postura de maior abertura e cooperação, uma nova preocupação com os problemas, que sendo de outros por ora, não deixam de ser nossos, e de uma vez por todas partirmos para a erradicação da pobreza, da iliteracia, da fome, combatermos as doenças que mitigam milhões e que os privam de aspirar a algo mais na vida do que a mera sobrevivência, e percebermos de uma vez por todas que o mundo é um lugar comum, que a humanidade não tem fronteiras, que a vida humana tem o mesmo valor em Portugal, na Europa, em Africa ou onde quer que seja e que não mais podemos fechar os olhos aos flagelos de outros mas antes agirmos em sua defesa e encararmo-los como nossos irmãos, irmãs, filhos, filhas, amigos, amigas, como pessoas que são, como pessoas que somos.

Estes seis meses que sobram de 2007 irão definitivamente decidir se Portugal é um Portugal dos pequeninos sem aspirações de maior, ou se antes, cumprimos o nosso passado, assumimos o nosso fado e lideramos a União Europeia e o mundo rumo ao futuro que todos ambicionamos...um mundo melhor para todas e para todos.

Tuesday, June 19, 2007

Se fosse eu o sonhador...(A Presidência Portuguesa da U.E.)

A 1 de Julho a Republica Portuguesa inicia a sua terceira Presidência da União Europeia que tem como ponto central da sua agenda a solução do tratado constitucional, vulgo Constituição Europeia.
Espera-se que durante a nossa Presidência se encontre finalmente a saída para o imbróglio criado por um tratado constitucional que confundiu as cidadãs e os cidadãos europeus e que adiou indefinidamente a reforma das instituições europeias e o normalizar do funcionamento de uma União Europeia, agora a 27, e que ameaça tropeçar sobre si mesma sem rumo nem liderança que a oriente.
A recente eleição de Nicolas Sarkozy em França parece vir responder às preces daqueles que, como eu, pretendem uma Constituição Europeia simples, eficaz e eficiente, que una as cidadãs e os cidadãos europeus em torno dos valores e princípios que nos unem como a liberdade, a igualdade, o respeito pelos Direitos Humanos, a democracia, o estado de direito, e não um tratado complexo que nos divida, que retire à cidadã e ao cidadão o poder de participar nas decisões que alteram significativamente o nosso presente e, sobretudo, o nosso futuro, e que no fundo seja apenas um tratado inteligível para burocratas ou eurocratas, um tratado que crie forças de bloqueio e que retire toda a criatividade, e dinâmica, ao processo de construção europeia a troco de uma falsa imagem de segurança que tolhe a melhoria das condições económicas, sociais e, acima de tudo, políticas da União Europeia.
Porém, e apesar de ser o tema central, a Presidência Portuguesa da União Europeia não se irá limitar só ao tratado constitucional e ao que a este se refere, até porque seria sempre um risco demasiado grande. Julgo até que a Presidência Portuguesa pode ser uma Presidência marcante para mudar de rumo uma outra área onde existem maiores reticências por parte dos Estados – Membros da U.E., a Política Externa.
Portugal aposta, como sempre aliás, em promover na sua Presidência os laços da lusofonia e irá realizar duas Cimeiras de grande importância, uma mais de índole comercial e económica, a Cimeira U. E. – Brasil, e outra mais no âmbito da cooperação para o desenvolvimento, a Cimeira U. E. – Africa.
Na verdade ninguém espera grandes consequências destas duas Cimeiras, nem sequer novidades dignas de registro, por isso acredito que é aqui que a nossa Presidência poderá de facto surpreender e marcar pontos, pois com expectativas tão baixas tudo se torna possível, e como diria António Gedeão: “Quando o Homem sonha, o mundo pula e avança…”. Resta agora saber que sonha a República Portuguesa para a sua Presidência!
Se fosse eu o sonhador certamente que poria na agenda os Objectivos do Milénio, o combate á pobreza, a cooperação descentralizada, a agenda de Lisboa e a sua articulação como o Brasil e com Africa, a aposta na educação, na ciência, no intercâmbio de boas práticas, no estreitar de laços culturais, a imigração e a humanização do processo de obtenção de vistos, o desenvolvimento sustentável, a gestão dos recursos disponíveis, como a água e a energia, e acima de tudo incluiria a juventude, como tema prioritário, a aposta nos jovens como parte integrante da definição, implementação e avaliação de políticas nestas e em todas as áreas, a capacitação dos jovens como actores, agentes para a mudança, a criação de laços de empatia entre os jovens europeus e os jovens africanos e latino-americanos, e apoiaria a realização de Cimeiras paralelas de juventude, convidando as organizações de juventude europeias e africanas, ou latino-americanas, para cooperarem e começarem já hoje a construir aqueles que serão os grandes temas de cooperação daqui a 20, 30 ou 40 anos.
Fernando Pessoa deixou-nos por entre o seu vasto legado o verso: “Deus quer, o Homem sonha e a obra nasce” pois eu creio que Deus quer que o mundo seja melhor, o Homem hà muito que sonha com esse mundo, esperemos que a nossa Presidência signifique o começo dessa obra tão desejada.

Wednesday, March 7, 2007

Aveiro, viver a cidade!

Sempre gostei de cidades em que o que mais nos apetece pela manhã é saltar da cama e vir para a rua o mais rápido possível. Sempre gostei de sentir aquele apetite matutino de correr para fora de casa e encontrar vida, gente, ruídos que mais se assemelham a musicas, bandas sonoras de cidades feitas para se viver, para se aproveitar a vida, cidades em que os sonhos começam ao despertar.

Tive a felicidade de ao longo da minha, ainda curta, vida viajar um pouco por todo o mundo e conhecer distintas realidades daquela que me viu nascer e em que cresci, e sempre sonhei que aquilo que mais gostava nas cidades longínquas por onde passei pudesse um dia encontrar na minha, nossa, Aveiro.

Aveiro tem um potencial enorme para ser uma cidade de sonho. Perto do mar e da montanha, bem servida por vias de comunicação rápidas que nos permitem em pouco tempo estar noutras cidades vizinhas, Aveiro tem os condimentos para ser uma cidade ecológica, moderna, ao mesmo tempo que tradicional, feita pelas pessoas para as pessoas, com todos os serviços e comodidades que nos permitem enquanto indivíduos prosperar e perseguir as nossas ambições, os nossos sonhos.

Para mim, Aveiro tem o encanto das cidades à beira-mar, com a vantagem de que, ao contrário de outras, em Aveiro foi o mar que escolheu vir ao encontro da cidade, pelos canais da nossa ria, o que torna a cidade muito mais aprazível e resguardada, e temos que saber aproveitar essa vantagem e fazê-la jogar a nosso favor.

Eu sempre imaginei que um dia a nossa Avenida Lourenço Peixinho viesse a ser as “Ramblas” de Aveiro, espaço pedonal dedicado ao comércio e á restauração, servida por parques de estacionamento e transportes públicos (autocarro e metro), com praças, palcos e coretos, uma avenida dedicada às artes e artistas de rua, à celebração da vida.

Sonhei que um dia as ruas da Beira-mar seriam fechadas ao trânsito e dedicadas às pessoas, com casas de habitação jovem, galerias de arte, restaurantes e lojas, esplanadas todo o ano, bares e discotecas, um pouco à imagem de Plaka em Atenas.

Sonhei com grandes praças temáticas que celebrassem a história da cidade e que imitassem as grandes praças como as de céu aberto, as Plaza Mayor em Espanha, ou Convent Garden em Londres, praças fechadas, dedicadas à música e cultura.

Desde que fui a Bath em Inglaterra que suspiro por ver em Aveiro jovens estudantes de música a actuarem nas nossas ruas, a darem os seus primeiros passos musicais junto dos seus concidadãos, enchendo mesmo a rua mais triste e escura com as mais belas melodias.

Enfim, sempre sonhei com uma Aveiro que nos desse ganas de viver, de sair à rua, e de sonharmos e reflectirmos, de contemplarmos e admirarmos em conjunto, enquanto comunidade, a beleza do nosso mundo, e de assim, todos juntos, deixarmos de viver na cidade para passarmos a viver a cidade!

Friday, February 23, 2007

O metro de Aveiro

Quantos de nós já não ouviram falar da ideia de um metro para Aveiro? Pois eu ouvi falar disso há já bastante tempo, e, como é normal, na minha imaginação o metro de Aveiro desenhou-se e começou a funcionar.

O serviço de metro de Aveiro que existe na minha mente é um misto de metro à superfície com metro subterrâneo, que serpenteia por todo o concelho e que, inclusive liga Aveiro aos seus concelhos vizinhos criando uma rede de proximidade e que promove o crescimento do Distrito.

A oeste o metro de Aveiro liga ao concelho de Ílhavo, tanto ao centro de Ílhavo como às praias da Barra e Costa Nova, passando pelas Gafanhas, permitindo um acesso fácil e rápido a todos, especialmente durante o Verão, permitindo ligação a Aradas vindo da Universidade de Aveiro. A Sul a ligação é com Oliveira do Bairro, terminando no centro do Concelho e passando por São Bernardo, Oliveirinha e Nariz. A Este liga em Estarreja, Albergaria e Águeda, entrando respectivamente por Esgueira e Cacia (nos casos de Estarreja e Albergaria) e por Azurva, Eixo, Eirol e Requeixo (no caso de Águeda), aproveitando ao máximo a linha do Vouga, estrutura já existente. A Norte, com arrojo, uma ligação subterrânea a São Jacinto que levaria o metro à Murtosa.

Um metro de Aveiro que conseguisse todas estas ligações seria um portento que iria promover o crescimento populacional e económico de uma grande parte do nosso Distrito e que iria transformar Aveiro numa verdadeira capital de Distrito.

Porém, aquilo que mais sonhei e desenhei na minha mente foi o metro no centro da cidade. Aqui o metro teria várias linhas que se cruzariam em dois pontos-chave da cidade: a estação e a Sé. Estes seriam as duas grandes interfaces da rede de metro, pontos de união das várias linhas, estações subterrâneas que alimentariam de vida e de dinâmica o resto da cidade.

Da universidade viria a linha azul que passaria pelo hospital, pelo Governo Civil, a Sé, seguiria pelas traseiras do Oita, chegando à estação antes de seguir para Esgueira e Cacia. A partir do Glicínias viria a linha amarela que passaria pelo Bairro de Santiago, pela rua Dr. Mário Sacramento, Avenida 25 de Abril, Sé, Pontes, Teatro Avenida seguindo pela estação a caminho do Caião, Griné, Azurva, Eixo, Eirol e Requeixo. A terceira linha, a linha verde, sairia do estádio, passando pelo Retail Park, pelo Carrefour, Feira Nova, Olho de Água, estação, centro cultural e de Congressos, Forca, Parque de Exposições e de Feiras, e terminaria a sua viagem em Santa Joana.

As estações de metro seriam obras de arte, desenhadas por arquitectos e estudantes de arquitectura, escolhidos por concurso, e todas as estações teriam a sua identidade própria, referindo-se a Aveiro, à sua história, tradição e cultura.

Obviamente que uma rede de metro assim seria extremamente dispendiosa, mas o sonho não tem preço, nem se mede no finito, mas antes nos releva para o infinito, para o campo da perfeição.

Por agora o sonho de um metro em Aveiro não passa de uma frustração e de uma ideia adiada mas quem sabe se no amanhã, até 2020, não haverá em Aveiro um metro e que esse metro sirva de ponto de encontro entre viajantes desencontrados que escolheram Aveiro para se encontrar?

Wednesday, February 21, 2007

A Aveiro que sonhei…

Ultimamente tenho dado por mim a discutir com amigos e conhecidos a nossa cidade de Aveiro. Por coincidência, ou talvez não, parece que andamos todos desiludidos, tristes e cabisbaixos nesta cidade que é nossa e que nos acolheu.

Eu nasci em Aveiro, aqui fui criado e aqui vivo, outros escolheram Aveiro como sua sede de vida e para aqui imigraram quando a vida lhes permitiu, e outros de Aveiro saíram sem nunca esquecerem esta cidade de canais e de pirâmides de sal, entre o mar e a montanha. Todos, os que cá nasceram e ficaram, os que cá nasceram e tiveram que partir, os que para cá vieram, todos somos Aveiro, esta é a nossa terra, esta é a nossa casa.

Porém parece que vivemos de costas voltadas, que recusamos a nos conhecermos melhor, a aproveitarmos as nossas diferenças para crescermos enquanto pessoas e enquanto cidade. Ás vezes dou por mim a pensar que em Aveiro parece que há quem pense que é mais aveirense que os outros ou quem sinta que cá pertence menos que outros, e isto não é vida para ninguém.

Algures no tempo que passou alguém decidiu que a ria devia ser fronteira e não rota para o mundo, que as raízes são temporais ou históricas, e não afectivas, e Aveiro mirrou, fechou-se ao mundo e dividiu-se entre os “Aveirenses” e os “aveirenses”, criando uma cidade, um concelho, de contrastes e de diferenças, de legitimidades e de indiferenças, uma cidade de costas voltadas para si própria, uma cidade que se auto-exclui de si e do mundo em que vive.

Quando era miúdo Aveiro era o meu mundo e aqui tudo acontecia. As ruas eram estádios de futebol maiores que o Maracanã, os parques terras de aventuras perpétuas em que o bem vencia sempre o mal, a escola lugar de conhecimento e sabedoria que me deslumbrava. Sempre que podia, nas férias, lembro-me de ir ao porto esperar os barcos que regressavam da faina, de passear pelos mercados cheios de vida, dos sorrisos nas caras das pessoas que passavam e desejavam bom dia, e lembro-me de pensar que era aqui que queria viver pois no mundo não poderia haver melhor, e o que de melhor houvesse no mundo um dia, também, haveria de cá chegar.

O meu sonho de Aveiro era uma terra de braços abertos ao mundo, de olhos postos na ria e no mar como caminhos a desbravar, uma casa para todos os que cá quisessem morar, uma terra que crescesse com os sonhos de todos os aveirenses, fossem quem fossem, uma terra em que a felicidade não era um objectivo a conquistar mas, antes, um estado de espírito que se renovava todos os dias ao despertar.

Inspirado nas conversas que tive ultimamente, com amigos e conhecidos, e se a inspiração mo permitir, irei ao longo das próximas semanas compartir convosco a Aveiro que sonhei, a Aveiro que está por cumprir, a Aveiro em que um dia poderemos todos habitar, uma Aveiro de todos, com todos e para todos, porque os sonhos são para se viver e a vida é para sonhar!